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Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente,para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ... isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos, em vão, pela nossa Alma !!!

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junho 18, 2010

Penas chinesas

Por José Saramago(*)


Meter uma lagosta viva em água a ferver e cozinhá-la ali é uma velha prática culinária no mundo ocidental. Parece que se a lagosta já for morta para o banho, o sabor final será diferente, para pior. Há também quem diga que a rubicunda cor vermelha com que o crustáceo sai da panela se deve justamente à altíssima temperatura da água. Não sei, falo por ouvir dizer, sou incapaz de estrelar convenientemente um ovo. Um dia vi num documentário como alimentam os frangos, como os matam e destroçam, e pouco me faltou para vomitar. E outro dia, que não se me apagou da memória, li numa revista um artigo sobre a utilidade dos coelhos nas fábricas de cosméticos, ficando a saber que as provas sobre qualquer possível irritação causada pelos ingredientes dos champús se fazem por aplicação directa nos olhos desses animais, segundo o estilo do negregado Dr. Morte, que injectava petróleo no coração das suas vítimas. Agora, uma curta notícia aparecida nos jornais informa-me de que, na China, as penas de aves destinadas a recheio de almofadas de dormir são arrancadas assim mesmo, ao vivo, depois limpas, desinfectadas e exportadas para delícia das sociedades civilizadas que sabem o que é bom e está na moda. Não comento, não vale a pena, estas penas bastam.



(*) José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.


Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
junho 17, 2010

Metade...

junho 07, 2010

Precisamos receber atenção



Crianças precisam receber atenção para se sentir amadas.



Hmmm.. Será que são só as crianças?










E você?


Já deu atenção para quem você ama, hoje?


Fonte

Solidão...

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente,para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ... isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos, em vão, pela nossa Alma !!!

Falar Merda



O leitor Jota pediu um post sobre o hábito curioso das pessoas falarem muito e não dizerem nada, sendo capaz até de falar por horas sem ter dito absolutamente coisa alguma.


Jota, seu pedido me lembrou um ótimo livrinho chamado "Sobre Falar Merda". O autor, filósofo da comunicação, diz que é impossível viver em sociedade sem aprender uma série de manhas de como falar merda. Ele defende que a falação de merda é uma forma de enrolar sem mentir ofensivamente, de persuadir sem manipular diretamente, de convencer sem argumentos.

Nesses tempos de propaganda eleitoral da TV e de discursos do Dunga, penso que é importante compreender melhor o comportamento "falar merda".



Em termos Linguísticos, o falar-merda está relacionado a função enfática da linguagem, que é aquela que preza pela continuidade do vínculo de comunicação, muitas vezes em detrimento da qualidade da mesma. Em outras palavras, quando você não sabe o que dizer e diz qualquer coisa só para manter o ouvinte preso. 


Em termos comportamentais, diria que o falar-merda é uma forma reforçar a audiência a partir do próprio ato da fala, em detrimento de reforçadores tais como utilidade da fala em si. 


OBS: Talvez por isso tenha nascido o termo "Falar merda", em contraste com "Falar algo bom"; quando se fala algo bom, o ouvinte pode 'comer' o que você disse, mas quando se fala algo inútil... bem, hmmm, ele não pode comer, pois já é merda.


Quer um exemplo de pura falação de merda?
Notem que não dá para discriminar praticamente nada do que ela diz, mas ela continua falando com boa entoação, dicção, com pausa enfáticas, e olhando sem timidez para a câmera.

Ou seja, o discurso dela prende pela forma (mais ou menos, pois ela não é tão boa oradora assim) pois o conteúdo é pura merda!



Cabe aqui algumas discriminações:

a) "Falar merda" não é mentir (mas também não é, necessariamente, falar a verdade)



b) "Falar merda" não é dizer coisas erradas ou burras, pois alguém pode estar citando fatos e idéias formidáveis e ainda assim estar falando merda nenhuma.


c) "Falar merda" está próximo do "papo furado" (como comentar o tempo, o futebol, a vida alheia, etc) e do "jogar conversa fora", com a diferença que o "falar merda" é algo como um discurso que tenta te persuadir de algo, convencer de determino ponto.


Eventualmente, todos falamos merda uma vez ou outra, pois não dominamos todos os assuntos. Portanto, a necessidade  de manter a atenção do ouvinte mesmo que você não esteja dizendo nada de útil é uma habilidade social a se aprender e a usar com parcimônia.


Parcimônia sim, porque a melhor forma de manter a atenção de alguém com suas palavras é falando algo que preste!


Ah, claro: e cuidado com os faladores de merda. Quando fazem muito isso é porque, em geral, querem te enrolar e convencer a algo sem argumento algum.


Clique aqui para ler um bom review do livro "Sobre falar Merda".




Recado aos amigos distantes - Cecília Meireles

Meus companheiros amados, 
não vos espero nem chamo: 
porque vou para outros lados. 
Mas é certo que vos amo. 

Nem sempre os que estão mais perto 
fazem melhor companhia. 
Mesmo com sol encoberto, 
todos sabem quando é dia. 

Pelo vosso campo imenso, 
vou cortando meus atalhos. 
Por vosso amor é que penso 
e me dou tantos trabalhos. 

Não condeneis, por enquanto, 
minha rebelde maneira. 
Para libertar-me tanto, 
fico vossa prisioneira. 

Por mais que longe pareça, 
ides na minha lembrança, 
ides na minha cabeça, 
valeis a minha Esperança.